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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O Manuscrito da Sobrevivência – Parte 263



Queridos, vamos começar esta missiva dizendo que agora, todos  passaram o limiar e, a partir deste ponto, não há mais possibilidade de voltar atrás. Estas palavras podem cair numa espécie de terreno de pousio, pois pode-vos parecer que, de momento, não estão a fazer mais do que manter-se à tona da água. Mas para nós, o vosso momento de avanço nunca parou, nem um segundo. Porque realmente estão a ser impelidos para a frente, a uma velocidade espantosa, mas como de certa maneira, parece que perderam a capacidade de detectar o vosso progresso, estaremos sempre disponíveis para informar-vos sobre ele. E, desta maneira, implantar pelo menos um pequeno impulso, para não vos deixar à deriva em tudo isto. Deixem-nos explicar.

Como todos transitaram do ano passado para este ano novo, também deixaram para trás o vosso velho “eu” de mais maneiras do que talvez possam compreender. Mas, como sempre, o que tem sido uma parte da ilusão que vos envolve por todos os lados, não é nada senão teimosia em manter as aparências. Por outras palavras ainda ireis sentir de muitas maneiras como sendo o vosso velho eu, mas, de facto, não é verdade. A verdade é que o vosso velho eu sumiu logo que se abriram à nova energia que chegou durante as últimas semanas, mas tão importantes do ano transacto e, como tal, vocês renasceram em todos os aspectos menos num, nomeadamente na vossa auto-imagem que ainda carregam convosco. E essa auto-imagem está tão imprimida no vosso cérebro, que terão um tempo difícil para se livrarem dela completamente. Consequentemente, esta estranha sensação de estar energeticamente desligado do velho, mas, ao mesmo tempo, a sensação de estar ainda colado a ele.

Por outras palavras, todos deram um salto gigantesco para diante, mas à superfície, parece que também deram um salto gigantesco para “o que é isto?” Por outras palavras, sentir-se-ão profundamente desligados do velho dentro de vós, mas como ainda tendes literalmente viva a separação, isto é, para todos vós, um período de confusão e perturbação profunda e aparente. Manifestar-se-á em milhares de maneiras, porque todos ainda têm uma programação individual, que está a tentar ultrapassar a vossa nova programação. Melhor dizendo, a vossa própria configuração pessoal está a fazer o seu melhor para não se tornar obsoleta de tudo o que é novo, por isso está a fazer tudo que pode para continuar a fazer o trabalho que lhe foi dado desde o início. Realmente, esse trabalho é simples, porque a velha programação tinha um propósito, e um apenas, que era manter-vos todos estabelecidos no modo “humano”, com todas as suas limitações e é o que ainda está a tentar fazer. Por isso, não é ser ”mau” de modo algum, mesmo se a precipitação de todas estas ordens em conflito que estão a receber de vós próprios, de momento, está a causar mais do que um pequeno mal estar.

Recordem que esta velha programação foi estabelecida com a intenção de vos manter a caminhar no mesmo trilho antigo, mas agora, o caminho mudou, e a música também, por isso, essa insistência de tocar a mesma música antiga em cima da nova, está a causar, de momento, um pouco de desarmonia. E recordem que os vossos sentidos foram bem treinados para escutar este velho disco, chamemos-lhe assim e, ao princípio, terão literalmente um tempo bastante difícil em sintonizar o novo e descartar a mensagem repetida da gravação antiga. Sim, sentir-se-ão empurrados para cá e para lá, entre estas duas linhas de raciocínio, e com razão. Recordem que já falamos anteriormente sobre o conceito de ser arrastado e isto também faz parte do vosso processo pessoal. Por isso, muitos já atravessaram esse limiar bem conhecido, mas as camadas exteriores, chamemos-lhes assim, a voz orientadora que escutaram no primeiro momento em que abriram os olhos dentro de um corpo humano, está muito longínqua. E como estavam muito bem sintonizados com ela, tereis dificuldade em ignorar essa voz insistente.

Sabemos que falamos por parábolas, mas vamos resumir esta missiva dizendo que todos se dirigiram rapidamente para diante, tal como sabíamos que fariam, mas como ainda estão imersos dentro deste velho conceito do “eu”, ainda continuaram a receber sinais conflituosos que farão a vossa própria imagem deste processo muito mais difícil de considerar. Porque estão todos a progredir rapidamente na direcção tencionada, mas os vossos corpos mais densos, insistirão convosco que estão apanhados algures, numa represa, e que são incapazes de regressar aos rápidos juntamente com o resto. Mas não tenham medo, não estão presos em nenhuma cilada, mesmo que essa voz de ontem esteja a fazer o seu melhor para vos convencer do contrário. Tornamos a dizer, de novo, que continuem a fazer respirações profundas e a manter-se focados, para que possam ajudar a si próprios a escutar a voz da razão que está sempre no vosso interior. Está aí e não irá embora, não importa quão alto a velha melodia se tornar nos próximos dias. Por isso, tornamos a dizer, que tudo está bem e sobre o curso que foi estabelecido, não estão desviados dele, de modo algum. Estamos muito satisfeitos com o vosso trabalho, e sabemos que também irão concordar logo que tenham ultrapassado essa pequena voz de descontentamento que ainda soa nos vossos ouvidos.

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